sábado, 6 de abril de 2013









O Credo de Afirmação


 Eu Creio:


Tornar-me as potencialidades pelas quais me esforcei... 
No Caminho funambulatório entre êxtases: 
Na aceitação de todas as coisas, e em todas as portas entrar ultrapassando-as:

    Dito eu mesmo a lei que sigo o bem e o mal eu afirmo: 

Na reabilidade de todas as coisas do ego, a apoteose do Conhecimento no êxtase: 
Nos Deuses e na Eterna Carne como toda Verdade:
 Este meu caminho é o único caminho para mim, no entanto me desvio:


 Isso…

 Que  me envolve deve vir diante como um potente elemental para me judar. 
E eu creio sem reservas na preservação dos meus conceitos como a mediação do Ego, a partir do qual todas as coisas finalmente vêm.

 Amém!



quarta-feira, 13 de março de 2013

___________________MABON________________________




                         
              Mabon, o equinócio de outono,  é a conclusão da colheita iniciada no Lughnasadh. Mais uma vez o dia e anoite têm a mesma duração, equilibrados enquanto 0 Deus seprepara para abandonar  Seu corpo físico e iniciar a grande aventurarumo ao desconhecido,  em direcção à renovação e ao renascimento pela Deusa.  

     A natureza retrocede, recolhe sua fartura, preparando-se para o inverno e seu período de repouso. 

    A Deusa curva-se diante do Sol que enfraquece,  apesar do fogo que queima dentro de Seu útero. Ela sente a presença do Deus mesmo enquanto Ele enfraquece. Os dois Equinócios são tempos de equilíbrio. Dia e noite estão equalizados, e a maré do ano flui regularmente. Mas enquanto o Equinócio da Primavera manifesta o equilíbrio de um atleta pronto para ação, o tema do Equinócio de Outono é o do descanso após o trabalho. Nas Estações da Deusa,  o Equinócio da Primavera representa Iniciação; o Equinócio de Outono,Repouso.



        A safra foi colhida, ambos grão e fruto, mesmo que o Sol – embora mais suave e menos intenso do que era – ainda está conosco. Com aptidão simbólica, ainda há uma semana a seguir antes de Michaelmas, o festival de Michael/Lucifer, Arcanjo do Fogo e da Luz, ao qual devemos começar à dizer au revoir ao seu esplendor.





      Doreen Valiente (Um ABC do Witchcraft, pág.166) ressalta que as aparências espectrais mais frequentes de certas assombrações recorrentes estão em Março e Setembro, “os meses dos Equinócios – períodos bem conhecidos para os ocultistas como sendo tempos de stress psíquico”. Isto pareceria contradizer a idéia de os Equinócios serem tempos de equilíbrio; embora o paradoxo seja apenas aparente. Tempos de equilíbrio, de atividade suspensa, são por sua natureza as ocasiões quando o véu entre o visível e o invisível é diáfano. Estas são também as estações quando os seres humanos ‘mudam a marcha’ para uma fase diferente, e portanto tempos de turbulência tanto psicológica quanto psíquica. Esta é toda a maior razão para nós reconhecermos e compreendermos o significado daquelas fases naturais, de forma que sua turbulência nos animem ao invés de nos angustiar.


      Se observarmos o Calendário da Árvore que Robert Graves mostrou para sustentar tanto do nosso simbolismo mágico e poético Ocidental, nós descobriremos que o Equinócio de Outono vem um pouquinho antes do fim do mês do Vinho e do começo do mês da Hera. Vinho e Hera são as únicas das árvores-mês que crescem espiraladas – e a espiral (especialmente a espiral dupla, enrolar e desenrolar) é um símbolo universal de reencarnação. E o pássaro do Equinócio de Outono é o Cisne, outro símbolo da imortalidade da alma – tal como é o ganso selvagem, cuja variedade doméstica é o tradicional prato de Michaelmas.



           No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. 

           Nessa noite devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. 
     
           Está é a segunda colheita do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser forrado com folhas secas. 

          O deus está agonizando e logo morrerá. este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. 

           Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.

             E também neste sabbat é tradicional fazer uma Cornucópia da Prosperidade...


terça-feira, 5 de março de 2013

HÉCATE







Hécate.

Hino Órfico à Hécate
“Hécate a Beleza, eu a invoco:
Vós, dos caminhos e encruzilhadas, do céu, da terra e também do mar.
Vós, vestida de açafrão, dentre as tumbas,
Dançando com as almas mortas e o ritual báquico.
Vós, filha de Perses, amante da desolação, se regozija em gamos e cães, na noite.
Vós, terrível Rainha! Devoradora de bestas!
Despertada, possuída por forma inacessível!
Vós, caçadora de búfalos, Imperatriz soberana universal:
Vós, guia que vagueia pela montanha, é noiva, é pajem,
eu rogo, Ó Donzela, sua presença nestes rituais sagrados.
Vós, que vindes com a graciosidade do touro e um eterno coração alegre".






    Filha dos Titãs estelares Astéria e Perseu, Hécate usa a tiara de estrelas que ilumina os escuros caminhos da noite, bem como a vastidão da escuridão interior. Neta de Nyx, deusa ancestral da noite, Hécate também é uma “Rainha da Noite” e tem o domínio do céu, da Terra e do mundo subterrâneo. “Senhora da magia” confere o conhecimento dos encantamentos, palavras de poder, poções, rituais e adivinhações àqueles que A cultuam, enquanto no aspecto de Antea, a “Guardiã dos sonhos e das visões”, tanto pode enviar visões proféticas, quanto alucinações e pesadelos se as brechas individuais permitirem.
  Como Prytania, a “Rainha dos mortos”, Hécate é a condutora das almas e sua guardiã durante a passagem entre os mundos, mas Ela também rege os poderes de regeneração, sendo invocada no desencarne e nos nascimentos como Protyraia, para garantir proteção e segurança no parto, vida longa, saúde e boa sorte.
  Hécate Kourotrophos cuida das crianças durante a vida intra-uterina e no seu nascimento, assim como fazia sua antecessora egípcia, a parteira divina Heqet. Possuidora de uma aura fosforescente que brilha na escuridão do mundo subterrâneo, Hécate Phosphoros é a guardiã do inconsciente e guia das almas na transição, enquanto as duas tochas de Hécate Propolos, apontadas para o céu e a terra, iluminam a busca da transformação espiritual e o renascimento, orientado por Soteira, a Salvadora.
  Como deusa lunar Hécate rege a face escura da Lua, Ártemis sendo associada com a lua nova e Selene com a lua cheia. No ciclo das estações e das fases da vida feminina Hécate forma uma tríade divina juntamente com: Kore/Perséfone/Proserpina/Hebe - que presidem a primavera, fertilidade e juventude -, Deméter/Ceres/Hera – regentes da maturidade, gestação, parto e colheita - e o Seu aspecto Chtonia, deusa anciã, detentora de sabedoria, padroeira do inverno, da velhice e das profundezas da terra. 
  


 


  Hécate Trivia e Trioditis, protetoras dos viajantes e guardiãs das encruzilhadas de três caminhos, recebiam dos Seus adeptos pedidos de proteção e oferendas chamadas “ceias de Hécate”. Propylaia era reverenciada como guardiã das casas, portas, famílias e bens pelas mulheres, que oravam na frente do altar antes de sair de casa pedindo Sua benção. As imagens antigas colocadas nas encruzilhadas ou na porta das casas representavam Hécate Triformis ou Tricephalus como pilar ou estátua com 3 cabeças e 6 braços que seguravam suas insígnias: tocha (ilumina o caminho), chave (abre os mistérios), corda (conduz as almas e reproduz o cordão umbilical do nascimento), foice (corta ilusões e medos).



 
   Devido à Sua natureza multiforme e misteriosa e à ligação com os poderes femininos “escuros”, as interpretações patriarcais distorceram o simbolismo antigo desta deusa protetora das mulheres e enfatizaram Seus poderes destrutivos ligados à magia negra (com sacrifícios de animais pretos nas noites de lua negra) e aos ritos funerários.
  Na Idade Média, o cristianismo distorceu mais ainda seus atributos, transformando Hécate na “Rainha das bruxas”, responsável por atos de maldade, missas negras, desgraças, tempestades, mortes de animais, perda das colheitas e atos satânicos. Estas invenções tendenciosas levaram à perseguição, tortura e morte pela Inquisição de milhares de “protegidas de Hécate”, as curandeiras, parteiras e videntes, mulheres “suspeitas” de serem Suas seguidoras e animais a Ela associados (cachorros e gatos pretos, corujas).
   No intuito de abolir qualquer resquício do Seu poder, Hécate foi caricaturizada pela tradição patriarcal como uma bruxa perigosa e hostil, à espreita nas encruzilhadas nas noites escuras, buscando e caçando almas perdidas e viajantes com sua matilha de cães pretos, levando-os para o escuro reino das sombras vampirizantes e castigando os homens com pesadelos e perda da virilidade. As imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes “escuros” da Deusa, padroeira da independência feminina, defensora contra as violências e opressões das mulheres e regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação.
   No atual renascimento das antigas tradições da Deusa compete aos círculos sagrados femininos resgatar as verdades milenares, descartando e desmascarando imagens e falsas lendas que apenas encobrem o medo patriarcal perante a força mágica e o poder ancestral feminino. Em função das nossas próprias memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a Deusa Escura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com mal, perigo, morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate precisamos reconhecer que as imagens destorcidas não são reais, nem verdadeiras, que nos foram incutidas pela proibição de mergulhar no nosso inconsciente, descobrir e usar nosso verdadeiro poder.
   A conexão com Hécate representa para nós um valioso meio para acessar a intuição e o conhecimento inato, desvendar e curar nossos processos psíquicos, aceitar a passagem inexorável do tempo e transmutar nossos medos perante o envelhecimento e a morte. Hécate nos ensina que o caminho que leva à visão sagrada e que inspira a renovação passa pela escuridão, o desapego e transmutação. Ela detém a chave que abre a porta dos mistérios e do lado oculto da psique; Sua tocha ilumina tanto as riquezas, quanto os terrores do inconsciente, que precisam ser reconhecidos e transmutados. Ela nos conduz pela escuridão e nos revela o caminho da renovação. Porém, para receber Seus dons visionários, criativos ou proféticos precisamos mergulhar nas profundezas do nosso mundo interior, encarar o reflexo da Deusa Escura dentro de nós, honrando Seu poder e Lhe entregando a guarda do nosso inconsciente. Ao reconhecermos e integrarmos Sua presença em nós, Ela irá nos guiar nos processos psicológicos e espirituais e no eterno ciclo de morte e renovação. Porém, devemos sacrificar ou deixar morrer o velho, encarar e superar medos e limitações; somente assim poderemos flutuar sobre as escuras e revoltas águas dos nossos conflitos e lembranças dolorosas e emergir para o novo. 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Os esquisotéricos e a nova era.


       
Os esquisotéricos e a nova era



         Esquisotéricos, o que é isso? Olhe, é uma turminha barra pesada que senta lá no fundo. Falam muito, repetem sempre que têm uma oportunidade: “isso é quântico” e sabem tudo a respeito de tudo.  
Dominam os assuntos espirituais, anjos, demônios, espiritismo, bruxaria, tarô, Cabala, conhecimentos maçônicos,  cristais, consciência quântica e por aí vai. Alguns até já são mestres e profundos conhecedores da alma humana após lerem alguns livros do “Paulo Coelho” (nada contra o Paulo Coelho, muito pelo contrário,  ele sabe como ganhar dinheiro e isso é um dom!).
Mas não confundam os esquisotéricos com os místicos verdadeiros, que procuram respostas e sentido para suas vidas de uma forma sincera, seguindo um parâmetro espiritual sadio, com referências baseadas  em trabalhos sérios e com muita profundidade de consciência em tudo que fazem ou se esforçam para atingir. Conheci certa vez uma terapeuta esquisotérica, que previu que seu cliente iria casar “três vezes” porque antes de iniciar a consulta ao tarô, deixou cair três lâminas aos pés do cliente (uma coisa sem pé nem cabeça!!!). Mas as loucuras ou melhor as esquisitices não param por aí. Existem pessoas que dão cursos de desdobramento astral e nunca saíram do corpo.
Quando o assunto é reencarnação, aí o bicho pega: você já reparou que todo mundo foi em uma outra vida um grande personagem histórico? Plebeu, jamais! Alguns falam de chacras e energias possantes que brotam de suas mentes ou de seus corações e, no entanto, são incapazes de direcionar um milésimo dessa energia para o bem de alguém.
Os esquisotéricos não se aprofundam em nada, no entanto, são mestres em tudo! O pior é que tem muita gente que segue esses espertos com uma fé cega na esperança de que esse ser “iluminado”, “instrumento do altíssimo”, possa - quem sabe - mudar suas vidas em um passe de mágica! E os esquisotéricos que são especialistas em carma? Para esses tudo é carma, mesmo que o problema tenha sido originado nesta vida, em um trauma na infância, por exemplo, e que possa ser explicado através da psicologia ou da medicina.
Tem alguns que dizem que o carma é uma “espécie de vingança da natureza”. Já ouvi isso! E os textos que encontramos em blogs e sites especializados em mestres e parábolas? Todos dão lições de moral e denotam um profundo saber. Entre nós; não são um porre? Palavras soltas ao vento, na realidade. Impressionam, mas estão vazias de sentido prático. Um terror, na realidade! Cursos lotados, palestras, livros lançados e pessoas impressionadas. Lá estão os esquisotéricos mostrando  todo o seu “conhecimento”. Falam do amor verdadeiro com “profunda maestria” (mas alguns são separados e odeiam o(a) ex, ou dão seus pulinhos fora do casamento). Almas gêmeas? Eles dão preciosas dicas de como reconhecê-las e todos, sem exceções, não sabem se um dia encontrarão a sua, sejá lá o que for uma alma gêmea. Gnomos? Eles batem altos papos quase todo santo dia, afinal de contas, são muito íntimos dos elementos da natureza. Eles os atendemsempre e em todos os seus desejos. Falam de vida após a morte, mas alguns têm verdadeiro pavor de espíritos. Dá para entender esse povo? E o contra-senso  não pára por aí! Alguns citam o poder pessoal latente dentro de todo o indivíduo e que pode ser ativado a qualquer momento e adivinhem por quem e como?
Exatamente! Por eles, e uma nova técnica baseada em um conhecimento antigo que veio da Índia ou do Egito, e que eles “adaptaram” e desenvolveram para esse fim, é óbvio! No entanto, muitos deles, jamais iriam a um curso ou uma palestra de como desenvolve-los.
Os esquisotéricos e a nova era ver a paciência e a compreensão em busca do perdão porque é chato. Eu poderia enumerar muita coisa ainda, mas não vale a pena! Então fico me perguntando: onde vamos parar? É isso a Nova Era? A Era de Aquarius é uma Era de revelações. Mas precisamos prestar mais atenção nas revelações que andam aparecendo por aí. Será que tudo isso que está sendo oferecido se chama espiritualidade? Segundo as Antigas Escolas de Mistérios, a verdadeira espiritualidade está presente em nós mesmos! Espíritos elevadíssimos nasceram em nosso planeta com este propósito: ensinar o homem a reconhecer sua natureza divina. Buda, Jesus, São Francisco de Assis, Santo Agostinho, são bons exemplos a serem seguidos. Temos parâmetros, porque não os usamos? Ocultistas sérios contribuíram  com excelentes trabalhos à causa da espiritualidade: Helena Petrovna Blavatsky, Franz Hartmann,  Papus, Georg Ivanovitch Gurdjieff sem esquecer de Paracelso e de Aleister Crowley.
Mas, por que as pessoas se perdem tanto em sua caminhada espiritual e acabam encontrando somente esquisotéricos em seu caminho? Porque elas não passam um filtro nas informações recebidas e não seguem parâmetro algum para comparar as informações. Não sou dono da verdade, até porque não acredito em verdades. Cada indivíduo tem a sua. Mas acredito na busca honesta da espiritualidade. Acredito na falta de ego dos Grandes Mestres e por isso eram grandes! E este é o maior problema da Nova Era: Egos inflados! Basta ter ego, para não ser um mestre. E os antigos mestres, como Jesus, davam aos seus discípulos a linha e o anzol e ensinavam a pescar!
Eles não mostravam o caminho, eles se tornavam o caminho.
Há um ditado Zen que diz: “Se você encontrar Buda no caminho, mate-o”. Parece um disparate? Não, na realidade não é. Se um discípulo amar tanto Buda e seus ensinamentos e adorá-lo acima de todas as coisas, essa adoração se tornará com certeza, a mais difícil de todas as barreiras já encontradas no caminho da sua espiritualidade e esse discípulo não poderá se unir a Deus na totalidade, porque embora 99,9% do seu ego tenha se dissolvido e superado os véus da ilusão, este 0,01% restante que representa seu amor por Buda e seus ensinamentos além da gratidão pelo conforto recebido nos momentos de desespero, ainda representam o ego em sua totalidade e isso o impossibilita de se unir a Deus. Então, o que significa a frase? O significado é até muito simples de se entender: “Mate seu apego a professores e coisas externas, não se fixe em nada, não crie raízes em nada e o ego desaparecerá!” Mais resumido? Não seja dependente. Aprenda algo hoje, absorva e abandone logo em seguida. É por aí que a consciência se amplia. “Paga-se mal a um mestre, quando se continua sempre a ser o aluno” (Friedrich Nietzsche, Ecce Homo, Prólogo, parágrafo4)
Busque informações, faça cursos, leia bons livros, mas seja acima de tudo, criterioso com o caminho que você irá escolher. Não procure muletas para se apoiar, não eleja ninguém um supertudo, você não precisa. Seja consciente para não se arrepender mais tarde devido ao tempo desperdiçado com coisas inúteis e egos inflados...
Rodrigo Machado
Retirado da Revista Digital “Alumiar”.