segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

                                                                        
                                                                     A RODA DO ANO


Os quatro outros festivais (Mabon, Yule, Ostara e Litha) - os Pequenos Sabás - parecem ser simplesmente um amálgama de diversas tradições de ritos equinociais e solsticiais, com elementos tirados de ritos nórdicos e de outras tribos bárbaras da antiga Europa, bem como de outras tradições não-européias, como a própria Páscoa judia. Como já citamos, festivais marcando os equinócios e solstícios são ritos cuja antiguidade é imensa, e são comuns a quase todas as sociedades agrícolas ao redor do mundo.

Para sermos exatos, é difícil precisar em que momento começa a haver uma sistematização desses festivais dentro da Wicca. No primeiro livro de Gardner, "Bruxaria Hoje", há referências aos sabás mais ou menos nos moldes das "reuniões de bruxas" descritas pela Inquisição, mas apenas uma breve alusão a uma cerimônia específica, em verdade um Yule, ao qual o autor teria assistido. Obras posteriores, no entanto, como o "Oito Sabás Para Bruxas", do casal Farrar, já trazem uma imagem acabada do que seriam essas cerimônias, o que reflete certamente a forma como as ideias de Gardner foram sendo consolidadas e outras fontes folclóricas foram incorporadas à doutrina, ao longo das décadas de 1960 e 1970, principalmente.

De qualquer maneira, vale ressaltar que, embora dentro da Wicca haja uma tentativa de resgate dos valores originais associados a essas cerimônias, elas não são, de forma alguma, estranhas ao nosso próprio calendário civil ou mesmo àquelas datas que, comumente, associamos à cristandade. Pelo contrário, tanto os sabás quanto as festas religiosas que se integraram à tradição cultural do Ocidente possuem uma base folclórica comum e significados semelhantes. O que ocorreu, na realidade, foi uma incorporação ou ainda uma "releitura" sob a ótica cristã, de datas, ritos e festividades "pagãs", como veremos a seguir.

 
                                                                      Litha, o Solstício de Verão
                                                                          
                                                                              21 de dezembro

            O dia mais longo do ano marca o auge do poderio do sol. Em Litha, o Deus atinge a maturidade e prenuncia o seu declínio, ao passo que a Deusa, grávida, assume a face da futura mãe. Como no solstício de inverno, o solstício de verão marca uma pausa, um momento de repouso entre as duas metades da Roda do Ano. Aqui, o período não é o repouso forçado pelo inverno, mas sim o repouso prazeroso do verão, o intervalo entre o plantio e a colheita. É de se notar que até hoje, se considerarmos os calendários escolares, teremos férias justamente nesses dois períodos (auge do inverno e auge do verão).

Segundo uma das tradições ligadas ao solstício de verão, esse seria o momento em que o Rei do Carvalho, aspecto do Deus que reinou durante a primeira metade do ano (a fase de crescimento, ou seja, do nascimento à maturidade), seria derrotado e substituído pelo Rei do Azevinho, que governará a outra metade (da maturidade à morte). Há aqui um interessante sincretismo apontado por Robert Graves, conforme citado por Stewart Farrar11: ocorrendo sempre em torno de 20 de junho, no hemisfério norte, a data deste sabá praticamente coincide com o Dia de São João Batista. É interessante notar que, segundo a mitologia cristã, João Batista, o feroz pregador, foi substituído em sua missão por "aquele que veio depois dele", ou seja, o sábio e manso Jesus. Eis aqui, portanto, uma assimilação ou um notável paralelo na doutrina cristã da derrota do impetuoso Rei do Carvalho pelo sábio Rei do Azevinho.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A RODA DO ANO


                                 

                                                                 OS SABÁS
       
                                                         O calendário dos Sabás

A Roda do Ano é marcada por oito pontos nodais, que reúnem os equinócios e solstícios (auge das estações) e os pontos de transição, ou início de cada uma das quatro estações do ano. Para uma compreensão melhor, vale dizer que o momento que atualmente, no calendário civil, é considerado como o início de cada uma das estações, corresponde realmente ao seu auge. Exemplificando, quando nos reportamos ao início da primavera, comumente, por volta do dia 20 de setembro, este é, na realidade, o equinócio de primavera, ou seja, quando a estação está plenamente estabelecida.

Dessa maneira, teríamos a seguinte ordem para os sabás:

Data               Nome do Sabá                          Ocasião
02/02            Lughnasad ou Lammas           início do outono
± 21/03          Mabon                                   equinócio (auge) do outono
01/05             Sanhaim                                 início do inverno
± 21/06          Yule                                       solstício (auge) do inverno
01/08             Imbolc                                  início da primavera
± 21/09          Ostara                                  equinócio (auge) da primavera
31/10              Beltane                                 início do verão
± 21/12           Litha                                      solstício (auge) do verão

Logo de início, é necessário ressaltar que a ordem que descrevi acima leva em consideração o suceder das estações no hemisfério sul. A maior parte dos livros de Wicca que encontramos no mercado se baseia no hemisfério norte, uma vez que são escritos por autores americanos ou ingleses, sendo que mesmo alguns autores nacionais defendem que essa ordem deveria ser mantida, por uma questão de "tradição". No entanto, isso é indefensável, se levarmos em consideração que o principal objetivo dessas celebrações é estabelecer um vínculo, uma conexão com os ciclos naturais. Obviamente, não faz nenhum sentido essa conexão com uma natureza diferente da que nos cerca.
Conforme citamos no tópico anterior, os quatro festivais que marcam o início real das estações, ou o momento de transição entre elas (Lughnasad, Samhain, Imbolc e Beltane), provém especialmente da tradição celta insular, sendo essencialmente festivais do fogo, ou festivais solares, relacionados principalmente com a figura de deuses como Lugh e Belenus. Conforme nos narra Barry Cunliffe, no entanto, há relativamente poucas referências arqueológicas diretas a esses festivais, o que impossibilita sabermos com maior segurança como eles se davam originalmente. Na verdade, no Calendário de Coligny, datado do século I a.C. e principal referência arqueológica à divisão celta do tempo, estão indicados apenas os festivais de Beltane e Lughnasad, o que parece indicar que, nessa época, os velhos costumes já estavam sendo abandonados na parte mais civilizada do mundo celta. No entanto, por remeterem diretamente à tradição celta - e dessa forma ter uma certa "ligação ancestral" com os fundadores - esses quatro festivais são denominados, na Wicca, de Grandes Sabás.
Continua...
Bibliografia: Curso de Wicca - Mito e Magia © Jan Duarte 2003/2004

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


"Se você falar com os animais, eles irão falar com você.
E assim, vocês conhecerão um ao outro.
Se você não falar com eles, não os conhecerá...
...E aquilo que você não conhece, você teme.
... E aquilo que se teme, se destrói.”

O que é Xamanismo?
Léo Artése
Atualmente quando a maioria das pessoas ouvem a palavra xamanismo pensam em culturas indígenas americanas, outros reclamam por que não pajelança se estão no Brasil. Sempre considerado como um programa de índio. O xamanismo não se refere apenas à espiritualidade indígena. É certo que os indígenas foram os grandes responsáveis por manterem acessas as chamas da Medicina da Terra mas as práticas se originaram no homem primitivo, no paleolítico.
A palavra tem origem siberiana e não americana e é usada hoje como uma forma única para descrever as práticas no mundo todo. Ou seja, as práticas são universais, é um legado do Mundo Espiritual para a Humanidade. Não pode haver fronteiras.  
As raízes do xamanismo são arcaicas e alguns antropólogos chegam a pensar que elas recuam até quase tão longe quanto a própria consciência humana. As origens do xamanismo datam de 40.000 a 50.000 anos, na Idade da Pedra. Antropólogos têm estudado xamanismo nas Américas; do Norte, Central, Sul. Também na África, entre os povos aborígines da Austrália, Esquimós, Indonésia, Malásia, Senegal, Patagonia, Sibéria, Bali, Velha Inglaterra e ao redor da Europa, no Tibet onde o xamanismo Bon segue a linha do Budismo Tibetano, ou seja, em todos os lugares ao redor do mundo. Seus traços estão presentes nas Grandes religiões.
Pode–se considerar o xamanismo como a verdadeira arte de viver.
Os ensinamentos são baseados na observação da natureza e seus sinais: sol, lua, Terra, Água, Fogo, Ar, Animais, Plantas, Vento, Ciclos, etc…
A prática do xamanismo utiliza-se do trabalho com: ervas, direções sagradas, rituais, jornadas xamanicas, contato com natureza e seres espirituais, ritmos, danças e movimentos corporais, elementos básicos da natureza (água, terra, ar, fogo, cristais, pedras, argila, etc…), cirurgias espirituais e técnicas de cura e purificação dos corpos físico, emocional, mental e espiritual, entre outras coisas. O xamanismo tem como objetivos básicos: reconectar o ser com sua sabedoria interior, conexão com a multidimensionalidade do ser humano, ancoragem do poder pessoal, conexão com seres espirituais, limpeza dos corpos físico e sutis, limpeza e harmonização de ambientes, harmonização plena do ser, conscientização do aspecto espiritual de cada um e de sua inter relação com a natureza e com o planeta a que pertence, ativação das habilidades de coragem, força e sabedoria para lidar com questões generalizadas , curas e prevenção de distúrbios e doenças.

O conceito básico da cura xamanica é que ” Ninguém cura o outro. A cura está dentro de cada um”.




quarta-feira, 26 de outubro de 2011



    Não posterei os exercícios, pois serão realizados no grupo de estudos. Uma religião natural baseada nas práticas de antigas religiões, especialmente a celta, mais em consonância com as forças da natureza.  Contudo, mais que ver os wiccans como membros de uma religião, é talvez mais certo vê-los como partilhando uma base espiritual da natureza e dos fenómenos naturais. Pois os wiccans não teem credo escrito a que os ortodoxos devam aderir, nem templos de pedra ou igrejas para adoração. Praticam  os rituais em parques, jardins, florestas, ao ar livre. “Somente uma regra há: Faça o que desejar! Sem mal nenhum causar!.”

"Wicca" é o nome de uma religião contemporânea neo-pagã, largamente popularizada pelos esforços de um funcionário publico reformado inglês chamado Gerald Brosseau Gardner. Gardner nasceu em The Glen, The Serpentine, Blundellands, perto de Liverpool, Inglaterra, numa família de classe média sendo um dos quatro irmãos e viveu com dois deles, Bob e Douglas. Gardner afirmava ter sido iniciado em 1939 numa tradição de bruxaria religiosa que ele acreditava ser uma continuação do Paganismo Europeu. Doreen Valiente mais tarde identificou aquela que iniciou Gardner como sendo Dorothy Clutterbuck no livro A Witches' Bible, escrito por Janet e Stewart Farrar em 2002. Esta identificação foi baseada em referências que Valiente se lembrava de Gardner fazer a uma mulher a quem ele chamava de "Old Dorothy". Ronald Hutton diz, no entanto, no livro Triumph of the Moon, que a Tradição Gardneriana era largamente inspirada em membros da Rosicrucian Order Crotona Fellowship e especialmente por uma mulher conhecida pelo nome mágico de "Dafo". O Dr. Leo Ruickbie, no livro Witchcraft Out of the Shadows (2004), analisou as evidências documentais e concluiu que Aleister Crowley teve um papel crucial ao inspirar Gardner a criar uma nova religião pagã.

Etimologia da palavra “WICCA

Gardner, nos dois livros sobre o assunto, refere-se à bruxaria como "Wicca", ou "A Arte". Em Inglês Arcaico, "Wicca" A palavra tem sua origem na raiz indo-européia "wikk-", significando "magia", "feitiçaria". O nome Wicca é o mais usado para denominar essa religião. Ela também é conhecida como Bruxaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte dos Sábios, ou simplesmente, a Arte. Ele utilizou esta palavra porque em épocas remotas os "Bruxos" eram chamados as vezes por "wiccas" , os sábios.
Os Wiccans são uma religião da Natureza. Os seus rituais baseiam-se nas quatro estações; os seus simbolos representam a ligação da vida humana à Natureza. Não devemos ignorar as forças destrutivas da Natureza, pois são tão abençoadas e naturais como a lua cheia.
 As mulheres são iguais, se não superiores, aos homens. As mulheres na mitologia celta são invulgares. São inteligentes, poderosas guerreiras, sexualmente agressivas e lideres de nações.
Finalmente, devemos notar que wicca não está relacionada com adoração satanica. Esta está relacionada com a perseguição de "bruxas" pelos Cristãos, especialmente durante a Inquisição. O espirito da Inquisição, contudo, vive nos corações de muitos devotos cristãos que continuam a perseguir wiccans, entre outros, como adoradores do diabo. Os modernos inquisidores não queimam pessoas. Em vez disso tentam abolir o Dia das Bruxas, livros infantis que falem de bruxas, e qualquer nome, numero ou simbolo que os cristãos associem a satanás. São as modernas vitimas de rituais satanicos tão iludidas como os caçadoares das bruxas de hoje caçadas pelos cristãos ao longo dos séculos.  Se há cristãos a serem abusados por adoradores do diabo, os seus abusadores não pertencem à “conspiração” religiosa internacional conhecida como Wicca.

                                            Princípio Feminino ou Grande Mãe

Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. Na wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem (lua crescente), a Mãe (lua cheia) e a Velha Sábia (lua minguante), sendo que esta última ficou mais relacionada a bruxa na imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!

Princípio Masculino ou Deus Cornífero

Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios da morte e do renascimento. Na wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, fazem amor; a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno (no fim dele) e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da natureza e mostra os ciclos da nossa própria vida.

                                                   A Ímanência

Imanência, um dos princípios vitais da Wicca, é o conceito da interligação e conexão existente entre todas as coisas. É a consciência de que cada um de nós é sagrado e a manifestação da Deusa.
O princípio imanente assegura que tudo é sagrado, por isso tudo merece respeito. Todos nós estamos interligados por uma mesma teia e por isso faz-se necessário vivermos nossa espiritualidade de forma equilibrada, compreendendo o que é viver com integridade e responsabilidade para com a natureza e os seres humanos. A Wicca é uma religião de caráter libertário, mas em nenhum momento podemos esquecer que ela encoraja a responsabilidade ambiental, social e espiritual.
A imanência nos lembra que aquilo que afeta um ser afeta todos os seres. Por isso, um desequilíbrio ecológico, social ou espiritual vivido isoladamente não é necessariamente isolado e atinge o mundo em sua totalidade.
O princípio da imanência assegura que a Deusa está em tudo. Ela é onipresente na vida e em cada um de nós. A Wicca não vê a divindade como algo a parte da Natureza ou da vida cotidiana. A Deusa é o mundo, a Terra e todas as coisas que existem:


                                                A Terra é o corpo Dela
                                               O Ar, Seu sopro 
                                               Fogo, Seu Espírito 
                                               E a Água, Seu útero vivo.


 Os wiccas praticam os seus rituais sozinhos (bruxos solitários) ou em pequenos grupos de pessoas chamado de coven. Um coven possui 13 membros (na maioria das tradições existentes admite-se 14 membros, sendo o décimo-quarto o mais novo do grupo, responsável por preparar os incensos, acender o fogo, colher ervas e outras pequenas tarefas). O coven é dirigido por uma Alta Sacerdotisa e/ou um Alto Sacerdote que gerenciam os trabalhos de adoração à Deusa, os trabalhos mágicos e cerimônias como os sabás e esbás. Uma explicação para que o coven seja formado por treze pessoas, é que cada uma representaria um mês do ano, pois nas sociedades matriarcais o ano segue o calendário lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "um ano e um dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para depois confirmar seus votos. Isto em algumas Tradições.
O coven reúne-se basicamente para a celebração de um sabá ou para um esbá. Esbá é uma reunião mensal que se realiza treze vezes ao ano durante a lua cheia, que recebe o nome de esbá. Geralmente no esbá trocam-se idéias, realizam-se rituais especiais, agradecem-se a Deusa e ao Deus, realizam-se trabalhos de cura e proteção.
Os wiccas celebram oito sabás anuais, destacando as transições entre as estações. Os quatro grandes sabás são Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain, e os menores são
Equinócio da Primavera e Equinócio do Outono, e Solstício de Verão e Solstício de Inverno.




A Roda do Ano
Representada pelos oito sabás, tem por objetivo sincronizar a nossa energia com as estações do ano, ou seja, com os ciclos do planeta Terra e do Universo. Para algumas tradições da wicca, o ano se inicia no solstício de inverno. Outras consideram a noite de 31 de outubro como o início do ano. Esta data é conhecida como Halloween ou Dia das Bruxas, mas seu nome tradicional é Samhain, que significa "sem sol", referindo-se ao tempo de inverno. Esta época também é correspondente ao ano-novo judaico
No solstício de inverno ocorre o nascimento/renasci-mento do Deus; nos sabás da primavera, do verão e do outono, ele tem o Seu crescimento, puberdade e maturidade; e Sua morte no sabá de Samhain. Após a morte ele retorna ao ventre da Deusa Mãe até o solstício do inverno seguinte, quando renasce. Este é o ciclo mítico do nascimento-morte-renascimento que se repete em todos nós todos os anos. E a Deusa, em Seus aspectos, é adorada durante todo o ano. Outras tradições preferem adorar a Deusa durante os sabás da primavera e verão, e o Deus durante os sabás do outono e do inverno.


domingo, 23 de outubro de 2011

WICCA - Continuação.




Saudações a todos!
 Dando contibuidade ao nosso tema central que é a Wicca. Mas afinal de contas caro leitor o que é Wicca?  Para descobrirmos vamos examinar seus principios, suas origens em fim faremos uma viagem magicka na redescoberta, desta tão falada atualmente e mesmo ainda assim desconhecida.
É necessário nos direcionarmos ao centro da Wicca:

A DEUSA



O período neolítico não conhecia deuses - vigorava o matriarcado, com a DeusaMãe. O conceito de paterno inexistia e a moral, a ciência e a religião ocupavam a mesma esfera. Com a instituição do patriarcado, o cálice foi derramado através da espada, relegando o elemento feminino. Com o fim da era de Peixes, tipicamente masculina, o reinado feminino retorna em Aquário para resgatar Sofia, o arquétipo da Sabedoria. Assim como o Taoísmo primitivo, todas as religiões ancestrais visualizavam o Universo como uma generosa Mãe. Nada mais natural: não é do ventre delas que saímos? De acordo com o mito universal da Criação, tudo teria saído dela. Entre os egípcios, era chamada de
Nuit, a Noite. "Eu sou o que é, o que será e o que foi." Para os gregos era Gaia - Mãe de tudo, inclusive de Urano, o Céu. Entretanto, ela não era apenas fonte de vida, como também senhora da morte. O culto a Grande- Mãe era a religião mais difundida nas sociedades primitivas. Descobertas arqueológicas realizadas em sítios neolíticos testificam a existência de uma sociedade agrícola pré-histórica bastante avançada, na região da Europa e Oriente Médio, onde homens e mulheres viviam em harmonia e o culto à Deusa era a religião. Não há evidências de armas ou estruturas defensivas, onde se conclui que esta era uma sociedade pacífica. Também não há representações, em sua arte, de guerreiros matando-se uns aos outros, mas pinturas representando a natureza e uma grande quantidade de esculturas representando o corpo feminino. Essas esculturas também foram encontradas em Creta, datadas de 2.000 a.C. Na sociedade cretense as mulheres exerciam as mais diversas profissões, sendo desde sacerdotisas até chefes de navio. Platão conta que nesta sociedade, a última matrifocal de que se tem notícia, toda a vida era permeada por uma ardente fé na natureza, fonte de toda a criação e harmonia. Segundo historiadores, a passagem para o patriarcado deu-se em várias esferas. Na velha Europa, a sociedade que cultuava a Deusa foi vítima do ataque de poderosos guerreiros orientais - os kurgans. O Cálice foi derrubado pelo poder da Espada. Outro fator decisivo para tal transformação foi o crescimento da população, que levou as sociedades arcaicas à "domesticação da terra". Os homens tinham que dominar a natureza, para obrigá-la a produzir o que queriam. Com a descoberta de que o sêmen do homem é que fecunda a mulher (acreditava-se que esta gerasse filhos sozinha), estabeleceu-se o culto ao falo, sendo este difundido pela Europa, Egito, Grécia e Ásia, atingindo o seu ápice na Índia. Com o advento do monoteísmo, e patriarcado - e a conseqüente dominação da mulher -o culto ao falo estabeleceu-se em definitivo. "O monoteísmo não é apenas uma religião, é uma relação de poder. A crença numa única divindade cria uma hierarquia - de um Deus acima dos outros, do mais forte sobre o mais fraco, do crente sobre o não-crente."
Sempre retratada através da Virgem, de Madalena, Hera, Ísis, Deméter, Atena, Diana, a Lua,a Natureza, Hécate, Afrodite, Lilith e tantas outras, a figura da Deusa vem ressurgindo, cada vez mais e com mais força.

                                                                      A DEUSA
     Entre os Mundos
Os encargos da Deusa,
Ouça as palavras da grande mãe, que, em tempos idos, era chamada de Ártemis,
 Dione, Melusina, Afrodite, Ceridwen, Diana, Arionrhod, Brígida e por muitos outros nomes:
“ Quando necessitar de alguma coisa, uma vez no mês, e é melhor que seja quando
 a lua estiver cheia, deverá reunir-se em algum local secreto e adorar o meu espírito
 que é a rainha de todos os sábios. Você estará livre da escravidão e, como um sinal
 de sua liberdade, apresentar-se-á perante min nu em meus ritos. Cante, festeje,
 dancce, faça
música e amor, todos em minha presença, pois meu é o êxtase do espírito e minha também é a alegria sobre a terra. Pois minha lei é a do amor para todos os seres.
Meu é o segredo que abre a porta da juventude e minha é a taça do vinho da vida,
que é o caldeirão de Ceridwen, que é o gral sagrado da imortalidade. Eu concedo a sabedoria do espírito eterno e, além da morte, dou a paz e a liberdade e o reencontro
 com aqueles que se foram antes. Nem tampouco exijo algum tipo de sacrifício,
pois saiba, eu sou a mãe de todas as coisas e meu amor é derramado sobre a terra.”
Atente para as palavras da deusa estelar, o pó de cujos pés abrigam-se o sol, a lua, as estrelas, os anjos, e cujo corpo envolve o universo:
“ Eu que sou a beleza da terra verde e da lua branca entre as estrelas e os mistérios da água, invoco seu espírito para que desperte e venha até a mim.
Pois eu sou o espírito da natureza que dá vida ao universo. De mim todas as
 coisas vêm e para mim todas devem retornar. Que a adoração a mim esteja
 no coração que rejubila, pois, saiba, todos os atos de amor e prazer são
meus rituais. Que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade,
 júbilo e reverência, dentro de você. E você que busca conhecer-me, saiba
que a sua procura e ânsia serão em vão, a menos que você conheça o
 mistério: pois se aquilo que busca, não se encontrar dentro de você, nunca
o achará fora de si. Saiba, pois, eu estou com você desde o início dos tempos,
 e eu sou aquela que é alcançada ao fim do desejo.”

Hoje, no mundo atual, reconhecemos a Deusa, antiga e primitiva: a primeira
das deidades; padroeira da Idade da Pedra e suas caçadas e dos primeiros semeadores; sob cuja orientação os rebanhos foram domesticados, as ervas curativas
 logo descobertas; a partir de cuja imagem as primeiras obras de arte foram
criadas; para quem as pedras foram levantadas; que era a inspiração para
canções e poesia. Ela é a ponte, pela qual podemos cruzar os abismos dentro
de nós mesmos, que foram criados pelo condicionamento social, e nos colocar
 em contato, novamente, com os nossos potenciais perdidos. Ela é o navio, no
qual navegamos nas águas do self profudondo, explorando os mares
desconhecidos dentro de nós. Ela é a porta, através da qual passamos para
o futuro. Ela é o caldeirão, no qual, os que fomos puxados de um lado
para outro, podemos cozinhar em fogo brando, até que sejamos novamente
um todo. Ela é a passagem vaginal, através da qual renascemos.
Na Arte, não acreditamos na Deusa: ligamo-nos a Ela, através da lua, das
estrelas, do mar, da terra, das árvores, animais e outros seres humanos,
através de nós mesmos. Ela está aqui. Ela está dentro de todos nós. Ela é o
círculo pleno: terra, ar, fogo, água e essência; corpo, mente, espírito, emoções, transformações.
A Deusa é a primeira em toda a terra, o mistério, a mãe que alimenta e dá toda a vida.
 Ela é o poder da fertilidade e geração; o útero e também a sepultura que recebe,
o poder da morte. Tudo vem dela, tudo retorna para ela. Sendo terra, também é a
 vida vegetal; as árvores, as ervas e os grãos que sustentam a vida. Ela é o corpo e
 o corpo é sagrado. Útero, seios, barriga, boca, vagina, pênis, osso e sangue;
nenhuma parte do corpo é impura, nenhum aspecto dos processos vitais é maculado
 por qualquer conceito de pecado. Nascimento, morte e decadência, são partes
 igualmente sagradas do ciclo. Se estamos comendo, dormindo, fazendo amor ou eliminando excessos do corpo, estamos manifestando a deusa.
A Deusa da Terra é também o ar e o céu, a celestial Rainha do Céu, A Deusa Estelar, regente de todas as coisas sensíveis mas invisíveis: do conhecimento,
da mente e da intuição. Ela é a musa, que desperta todas as criações do
 espírito humano. Ela é a amante cósmica, a estrela da manhã e do entardecer,
 Vênus que surge nos momentos de amor. Bela e irradiante, ela jamais pode
ser
 dominada ou penetrada; a mente é conduzida cada vez mais adiante na ânsia
de conhecer o desconhecido, de falar o inexprimível. Ela é a inspiração que
 vem no momento da introspecção.
A Deusa Celestial é vista como a lua, que está associada aos ciclos mensais de
sangramento e fertilidade das mulheres. A mulher é a lua terrena; a lua é o ovo celestial,
vagando no útero do céu, cujo sangue menstrual é a chuva que fertiliza e o orvalho que
 refresca; aquela que governa as marés dos oceanos, o primeiro ventre da vida na terra. Portanto, a lua é também a Senhora das Águas: das ondas do mar, correntes, nascentes,
 dos rios que são as artérias da Mãe Terra; dos lagos, poços profundos e lagoas
 escondidas, dos sentimentos e emoções, que nos tomam como ondas do mar.
A Deusa da Lua possui três aspectos: crescente é a donzela; cheia, é a Mãe; minguante, é a anciã. Parte do treinamento de cada iniciado implica períodos
de meditação sobre a Deusa em seus vários aspectos. Não disponho de
espaço para incluir todos eles, mas exemplificarei aqui com as meditações
 dos três aspectos da lua:
CONTUNUA...


Bibliografia:

Caudiney Prieto,

 Wicca a Religião da Deusa.
 Starhawk,
A Dança Cósmica das Feiteceiras.
O Encargo da Deusa foi escrito originamente por Doreen Valiente. Ele aparece sob diversas formas; nesta versão, fiz alterações ligeiras na linguagem. Ele é muitissimo apreciado pelos bruxos por expressar perfeitamente nosso conceito da Deusa.

sábado, 22 de outubro de 2011

Emigrando

Saudações a todos!
Por motivos técnicos mudamos do antigo http://confrariadebruxos.blogfacil.net/ para este novo endereço www.templodemercurio.blogspot.com . Esperamos que gostem! As antigas postagens serão postadas aqui, posteriormente. Iremos abordar um tema que se mostra necessário de esclarecimentos o mais urgêntemente possível. ATAQUE PSÍQUICO.

Como já foi dito, ambas as modalidades de percepção são valorizadas na Arte, mas a visão holística do hemisfério direito é considerada como estando mais em contato com a realidade subjacente que a visão linear do hemisfério esquerdo.  Esta visão é produzida por experiências com biofeedback (biorrealimentação) que propicia às pessoas informação visual sobre os seus processos corporais involuntários, permitindo-lhes monitorá-los e, finalmente, controlar funções como batidas cardíacas e ondas cerebrais.
Na tradição das Fadas da Feitiçaria, a mente inconsciente é chamada de o self mais jovem; a mente consciente é chamada de self discursivo.  Visto que eles funcionam através de diferentes tipos de percepção, a comunicação entre os dois é difícil. É como se falassem línguas diferentes.*
É o self mais jovem que diretamente experimenta o mundo, através da percepção holística do hemisfério direito.  Sensações, emoções, energias essenciais, memória de imagens, intuição e percepção difusa são funções do self mais jovem.  A sua compreensão verbal é limitada; ele se comunica através de imagens, emoções, sensações, sonhos, visões e sintomas físicos.  A psicanálise clássica foi desenvolvida a partir das tentativas de interpretar o discurso do self mais jovem.  A Feitiçaria não só interpreta mas ensina como devemos nos comunicar com o self mais jovem.
O self discursivo organiza as impressões do self mais jovem, nomeia-as e as classifica em sistemas.  Como seu nome implica, ele funciona através da consciência analítica e verbal do hemisfério esquerdo.  Nele também está contido o conjunto de normas verbalmente compreendidas que nos estimulam a fazer julgamentos sobre o que é certo e errado, O self discursivo comunica-se através de palavras, conceitos abstratos e números.
Na tradição das fadas, um terceiro self é reconhecido: o self profundo ou self deus, que não encontra correspondência adequada em nenhum conceito psicológico.  O self profundo é o divino dentro de nós, a essência máxima e original, o espírito que existe além do tempo, espaço e matéria. É nosso nível mais profundo de sabedoria e compaixão e é concebido como masculino e feminino, dois sentidos de consciência unidos como um.  Ele é, com freqüência, simbolizado como duas espirais unidas ou como o sinal da infinidade, oito deitado.  Na tradição das fadas, é chamado de Dian Y Glas, o Deus Azul. Azul simboliza o espírito; dizia-se que o self profundo aparecia azul quando psiquicamente visto".  Os pictos pintavam-se de azul com anil, segundo nossas tradições, a fim de se identifícarem com o self profundo.  "Dian" está relacionado tanto a Diana quanto a Tana, o nome das fadas para a Deusa; também a Janicot, nome basco para o Deus da Força e aos nomes de batismo João e Joana, que Margaret Murray documenta como sendo populares em famílias de bruxos.
No judaísmo esotérico da cabala, o self profundo é conhecido como Neshamah, da raiz shmh, "escutar ou ouvir": Neshamah é Aquela Que Ouve, o espírito que nos inspira e guia.  No ocultismo moderno, o self profundo freqüentemente aparece como o guia do espírito, às vezes de maneira dual, como no relato de John C. Lilly suas experiências com LSD em um depósito isolado, onde declara ter encontrado dois seres prestativos: "Eles dizem que são meus guardiões, que já haviam estado comigo antes em momentos críticos e que, na verdade, eles estão comigo sempre, mas que normalmente eu não me encontro em situação de percebê-los.  Estou em condições para percebê-los quando próximo à morte do corpo.  Nesse estado o tempo não existe.  Há uma percepção imediata do passa, presente e futuro, como se todos fizessem parte do momento presente.
Lilly descreve a percepção holística do hemisfério direito, as, ligada ao self mais jovem.  A tradição das fadas ensina que o self profundo está ligado ao self mais jovem e não diretamente associado ao self discursivo.  Felizmente, não é necessário que estejamos quase mortos para percebermos o self profundo, uma vez que tenhamos aprendido o truque da comunicação.  Não é a mente consciente, com os seus conceitos abstratos, que se comunica com o divino; é a mente inconsciente, o self mais jovem que responde somente às imagens, desenhos, sensações e percepções.  Para nos comunicarmos com o self profundo, a Deusa/Deus Dentro de Nós, recorremos aos símbolos, à arte, poesia, música, mito e aos atos rituais que traduzem conceitos abstratos para uma linguagem do inconsciente.
O self mais jovem - pode ser tão teimoso e obstinado quanto a mais impertinente das crianças aos três anos de idade - não se impressiona pelas palavras.  Incrédulo como se diz, ele quer ser mostrado.  Para despertar o seu interesse, devemos seduzi-lo com bonitas imagens e sensações prazerosas, como, se fôssemos levá-lo para jantar e dançar.  Somente deste modo o self mais profundo pode ser alcançado.  Por essa razão, verdades religiosas não têm sido expressadas, através dos tempos, como fórmulas matemáticas, mas na arte, música, dança, teatro, poesia, narrativas e rituais.  Como afirma Robert Graves: "Os princípios religiosos, em uma sociedade saudável, são mais bem executados por tambores, luar, jejum, dança, máscaras, flores, possessão divina.
A Feitiçaria não possui um livro sagrado.  Seu compromisso não é com o verbo do evangelho de João, mas com o poder da ação simbólica que revela a percepção da luz das estrelas do self mais jovem e abre livre fluxo de comunicação entre os três selves de uma só vez.  Os mitos e narrativas que nos foram passados não são dogmas para serem compreendidos literalmente, do mesmo modo que não devemos tomar literalmente a declaração "meu amor é como uma rosa vermelha". Eles são poesia, não teologia, destinados a se comunicarem com o self jovem, conforme as palavras de Joseph Campbell, tocar e estimular centros vitais que estão além do alcance dos vocabulários da razão e coerção”.”
Aspectos dos rituais de bruxaria podem, por vezes, parecer absurdos a pessoas muito sérias, que falham em perceber que o objetivo do ritual é o self mais jovem.  O senso de humor, de divertimento, são freqüentemente a chave para desencadear os estados mais profundos da consciência.  Parte do "preço da liberdade", portanto, 'é a disposição para se divertir, libertarmo-nos de nossa dignidade de adultos, parecermos tolos, de rir por nada.  A criança faz de conta que ela é uma rainha; sua cadeira transforma-se em um trono.  Uma feiticeira faz de conta que a sua vara tem poderes mágicos e ela torna-se um canal de energia.
O equilíbrio, obviamente, é necessário.  Há uma diferença entre magia e psicose e essa diferença está em manter a capacidade de recuar, pela vontade, para a consciência comum, de voltar à percepção. Todavia, a percepção treinada não se desentende com a realidade comum; ela vai mais além, através do espírito, e ganha intuições e percepções que podem ser, posteriormente, comprovados pelo self discursivo.

O exercício a seguir, usado para treinar artistas, é útil para aprender a experimentar o tipo de percepção acima descrito.
EXERCÍCIO 1: EXPERIÊNCIA DA SOMBRA
Pegue uma folha de papel em branco e um lápis macio ou um bastão de carvão.  Sente-se e observe uma cena que lhe pareça interessante.  Esqueça nomes, objetos e coisas, observe somente o jogo de luz e sombra sobre várias formas.  Cubra as sombras, não com linhas mas com traços largos.  Não se distraia com as cores presentes; não se preocupe em reproduzir "coisas".  Deixe que as partes ensombradas criem as formas.  Utilize pelo menos dez minutos neste exercício. lembre-se, o objetivo não é o de criar um "bom" desenho ou constatar seu talento artístico (ou a sua ausência); a meta é experimentar outra maneira de ver, na qual objetos separados desaparecem e somente padrões permanecem.
Pessoas menos preparadas visualmente poderão sentir-se mais confortáveis com o próximo exercício.
EXERCÍCIO 2: EXPERIÊNCIA DO RITMO
Feche os olhos.  Ouça os sons ao redor, esquecendo-se daquilo que eles representam.  Torne-se consciente, apenas, do vasto ritmo que eles criam.  Mesmo na cidade, esqueça que is sons variados são carros que passam, martelos de trabalhadores, passos, pardais, caminhões, portas batendo - atenha-se somente ao padrão orgânico e intrincado no qual cada um é uma batida separada.

TAQUE PSÍQUICO OU
BULLYING PSÍCO-EMOCIONAL.

Eles estão lá fora, se movendo sorrateiros na escuridão. Magos Negros, Terroristas Ocultos, Satanistas a la Charles Manson, Controladores de Mente, Mutiladores de Gado. Agentes das Trevas Noturnas, como os bardos costumavam os chamar. Eles estão enviando maldições aos seus inimigos, espetando agulhas em bonecos vodus, invocando o poderoso demônio Chorozon para que se atire na Terra e nos aflija com sua loucura. Estão evocando com seus cantos os 777 servos de Belzebu e Seth... Bom.. tudo isso é verdade, mas não deixe que isso estrague seu dia.

A primeira e mais importante lição a se aprender sobre o Mal é que ele geralmente existe apenas na sua própria alarmada imaginação das pessoas. Lembremos que para uma porção considerável de nossos bons cidadãos a pornografia é o Mal: Mulher melancia exibindo sua grande "simpatia" em horário nobre é considerado imoral e errado por uma boa parte da população.
Os leitores pagãos supostamente devem saber quão tolo é este conceito de mal. Então vale a pena perguntar quanto dos seus medos favoritos não são igualmente absurdos e refletindo os preconceitos de sua própria cultura ou subcultura. Virtualmente toda crença ou ordem disponível possui a duvidosa honra de ser considerada um grupo de cripto-satanistas ou de seguidores clandestinos do "proibido caminho da mão esquerda." por alguma outra crença ou ordem. Os Cristãos Ortodoxos ainda estão atrás das Bruxas. Eu conheço alguns bruxos espalhadas pelo país e são todas pessoas excelentes. O o ex-líder da notória Ordo Templis Orientis de Crowley (acusada de ser um grupo de diabolistas pelos ocultistas cristãos) também era um bom homem. Mais de 75 por cento de todo preconceito com o ocultismo é tão injustos quando os velhos preconceitos religiosos e políticos que conhecemos tão bem.

O Problema do Mal

Para os fins deste artigo, o mal se refere a todo ato que definitivamente e mensuravelmente fira outros seres fisica ou psicologicamente. Assim não importa qual tipo de orgia eles estejam fazendo nas ruas, que drogas estejam usando ou qual entidade estejam invocando com seus cantos e cerimônias. Se não estão machucando ninguém, para nossa definição, eles não são maus, apenas diferentes.

A segunda coisa a se aprender sobre o mal, o verdadeiro mal, e que ele é bem estúpido, como todo fetiche ou compulsão. Dr. Fu MAnchu só existe na ficção. Não é preciso ser um "gênio do mal" para usar o medo e ameaças para intimidar as pessoas e criar uma aura de poder diabolico sobre si mesmo. Qualquer espécime em um habitat ginasial sabe tanto sobre a neuropolítica do medo quando Manson ou Hitler sabiam.

Tanto o fora da lei "mal" como os "bons" cidadão são robôs. Como Maz Stirner notou a mais de um século. Os robôs maus são programados para ser "o pior malfeitor da cidade" os bons cidadãos são programados para serem "legais", "educados" e "razoáveis". Raramente há algo que possa ser chamado de inteligência em abos os lados.

Em cada cela, de cada penitenciaria no mundo, existe um Rei. O pior dos mal elementos presentes. O Macho Alfa, O Macaco Líder. Poder em qualquer grupo humano ou tribo é disputado de maneira sistematica  por meio de sinais sinéticos (linguagem corporal). Por haver quão robótico este inprint é considere seu exato oposto. Em todo bando sempre há um banana. Macacos adoram líderes tanto quanto gostam de bananas. Ele é o perdedor, a base da pirâmide, a parte do toten que encosta no chão. Ao passo que ninguém intimida o Líder, todo mundo intimida o banana.

Estes papéis estão gravados em nós tão mecanicamente quanto os papeis sexuais.

Muitas das pessoas que alcançaram a mestria da política do medo nestes velhos circuitos cerebrais não estão muito interessados em adquirir "novos cérebros" ou de desenvolver e descobrir novos circuitos. Constructos simbólicos parecem irrelevantes para sua robotisada escalada de poder.

O Ataque Psíquico
O assim chamado "mago negro" é um hominídeo mercador de medo que de alguma forma aprendeu que existem intimidações mais poderosas do que o ataque físico. A dimensão do horror, terror e das armadilhas mentais são então descobertas. Você pode assustar mais pessoas e adquirir mais poder explorando os ataque psíquicos.

Quando a mente humana ou um constructo de realidade é ameaçado. A pessoa virtualmente deixa de existir como ser humano e regride ao status de mamífero aterrorisado recém capturado. Assim como o bullying físico se alimenta do medo e é afastado pela aparência da coragem, o ataque psíquico se alimenta da culpa e é afastado pela inteligência. Nos dois casos é necessário consentimento do provocado. Quando um valentão encontra coragem verdadeira ele automaticamente para de molestar. Na verdade ele passa a tentar fazer do toro indomado um aliado, geralmente na posição de segundo-em-comando. Se isso é recusado de maneira respeitosa (mas não agressiva) ele provavelmente vai concordar em  reconhecer o outro como um sobrerano separado com seus proprio território.

Da mesma forma o terrorista psíquico está acostumado a assustar os crédulos. Confronte ele com a auto-disciplina de uma mente independente e ele hesitará. Eventualmente  como o valentão acima, ele rirá e dando uma piscada e concordando coma cabeça oferecerá aliança: "Você e eu somos espertos Não somos como estes otários".
O Poder da ilusão
Crianças brincam de faz de conta e gradualmente o faz de conta se torna real. Os pais chamam de casa e a realidade social da "casinha" é re-estabelecida. E vai durar enquanto as pessoas quiserem brincar juntas. Se as crianças insistirem em continuar com suas fantasias por muito tempo um psiquiatra é chamado. Se falhar poderão chamar um exorcista e negociar com um empresário os direitos do que acontecer ára um filme. Mas ninguém é chamado quandto os adultos querem continuar brincando.

Como Dr. John Lilly disse: "Nos domínios da mente, o que é acreditado é real ou se torna real dentro de certos limites adquiridos pela experiência. Estes limites são, por sua vez, crenças que podem ser transcedidas. Nos domínios da mente não há limite
Estupidez da Magia Negra

O ocultista agressor é "sociopata" o bastante para cair na charada da mitologia social da sua espécie. "Eles são como gado" ele pensa. "Tolos prontos para o abate só aguardando para servir de alimento." Ele possui contato o suficiente com alguma tradição ocultista para aprender um ou dois truques por meio dos quais a "consciência social" normalmente condicionada pode ser temporariamente suspensa. Assim ele está apto a utiliza a violência mental no lugar da brutalidade física dos marginais das ruas.

Mas ele é inofensivo contra aqueles que sabem que ele é apenas um estúpido mentiroso.

Ele é estúpido porque gastar sua vida aterrorisando e explorando os que considera inferiores é algo vazio e tedioso para qualquer ser com mais de cinco bilhões de neurônios. Você consegue imaginar beethoven ignorando a música angelical de seu lobo direito para ficar batendo na parede só para incomodar os vizinhos? Ou Godel deixando de lado sua matemática sublime para roubar num jogo de cartas? Van Gogh largando suas pinturas para fazer caricaturas ofensivas no banheiro? O mal mental é a forma mais estúpida de mal porque a mente não é uma Arma mas um paraíso em potencial.

Todo tipo de malícia é algo estúpida, mas a malícia mágica é a mais estúpida de todas. Levando em conta que nem todo feiticeiro é um charlatão (a maioria é) temos que admitir que alguns deles adquirem de fato o que poderiamos chamar de verdadeiro conhecimento oculto. Mas usar este conhecimento para tornar a vida dos outros um inferno é como usar os sonetos de Shakespeare para limpar a bunda ou uma escultura de Picasso para pregar um prego na parede. Qualquer pessoa que tenha uma compreensão além do estágio mamífero pode ver quão ridículos são estes atos, exceto a pessoa que os esta executando.

A iniciação oculta genuina oferece "a pedra filosofal", "o ouro dos sábios" o "elixir da vida" e todas estas metáforas para a capacidade de um domínio da completo da  própria vida com toda bravura, amor e sabor que ela pode ter. Jogar isso fora em troca de malícia e dos pequenos prazeres que a maldade oferece, não é apenas trocar o "Reino dos Céus pelo pó da terra" é também prova cabal de idiotice.  Além disso maldições em geral erram o alvo acertam quem as enviou. O terrorista psíquico além de trouxa é sempre um mentiroso e fraudulento. Curar é mais fácil (e mais divertido) de começar. O trapaceiro é claro não quer que você saiba isso. Ele quer que você acredite que ele é onipotente.

A Grande Mentira

O velho cliché teológico de que o Diabo é o Pai da Mentira contêm uma importante verdade neuropolítica. Parte do assim chamado conhecimento oculto é a percepção de que a realidade cotidiana do cidadão condicionado é composta de cerca de 99,97% de mitologia.

Lavadores de Cérebros, Engabeladores Mentais, Demonologistas e Lançadores de Maldições partem do falso princípio de que seus túneis de realidade não são mitológicos, mas "realmente reais".

É claro que a realidade do Satanista é real. Também é real a realidade do Rev. Moon e do clube nudista do seu bairro. A realidade do faquir encantador de cobras é real. A realidade metodista é real.Temos muitas realidades. A realidade republicana. A realidade budista. A realidade marxista. A realidade vegetariana. A realidade científica.

Todas estas realidades são reais pois o sistema nervoso é programado para converter todas as entradas para a linguagem da realidade em que está e apagar tudo o que não pode ser convertido como sendo ruído de fundo.

A maior mentira do mundo é a de que existe uma realidade "verdadeira".Esta é a mentira que mantêm o cidadão comum preso na realidade estática que recebeu dos pais e da escola durante a infância. É também a mentira que mantêm o cientísta e o religioso fanático sem muitos amigos e é a mentira na qual o "Mago Negro" se apóia para tentar fazer dos demônios dele os demônios dos outros.

Não é curioso como não é nada raro ver os próprios praticantes de magia negra presos na armadilha que criaram para os outros, muitas vezes enfrentando uns aos outros em inexplicáveis guerras invisíveis?

Os Estados Unidos é o melhor pais do mundo para o americano condicionado. Fernando Pó é o melhor pais do mundo para o pooanos condicionados. O Partido Comunista é o único partido legítimo para os comunistas. Catolicismo é a única religião verdadeira para os católicos. Voodoo é a única magia que funciona para os praticantes do Vodu.

Existem diversos rituais de meta-programação nos manuais de ocultismo mostrando como separar sua realidade das forças demoníacas da realidade de um mago negro qualquer. Alguns dos melhores e mais amplamente usados podem ser encontrados na obra
"Auto-defesa Psíquica" de Dion Fortune. 
Pessoalmente, eu considero estes rituais desnecessários, pois todos eles negociam com os terroristas e leva os atacantes psíquicos mais a sério do que eles merecem.

Amor e Humor

Prefiro uma simples "meditação de pena". Perceba como o atacante é tolo  em gastar seu tempo com barbarismo psicológico enquanto os planos ocultos possuem tantas maravilhas e glórias guardadas aos mais inteligentes. Há reinos comparáveis a nona sinfonia de Beethoven e eles preferem ouvir o som vicioso de suas vozes rancorosas. Sinta pena deste pobre tolo e o perdoe.

Beata Juliana, uma "religiosa iletrada" era tão arrebatada pelo Espirito Santo que não fazia mais do que rir e dizer: "Tudo está bem. Tudo continuará bem. De todas as maneiras, todas as coisas estão bem."  É verdade que isso não contribui muito para a filosofia como os reinos explorados por Paracelso ou Adous Huxley ou desperte tanto interesse científico como as ficções do Dr. John Lilly , mas mostra que mesmo o mais simplório entre nós pode com amor entrar em realidades muito mais divertidas e hedonistas do que aquela em que o Satanista mencionado insiste em viver.

Além disso, Dê uma boa gargalhada. Quero dizer, literalmente. A prática da lila yoga é recomendada por muitos tantristas (e por Alan W.Watts) e é boa para todas as ocasiões, mas especialmente boa para exorcizar viagens erradas de todo tipo. Você cria um círculo mágico meia dúzia de amigos e simplesmente ri por cerca de 45 minutos. É bastante fácil de induzir, (se você tiver problemas para começar a rir distribua alguma erva mágica no início). Quando usar este ritual para expulsar uma maldição, pegue a foto do suposto atacante e deixe no meio do círculo e lembre-se que você esta rindo dele. No final jogue a foto fora e esqueça-a completamente.-

É simples.  Assim como a coragem protege do bullying físico, alegria e risada protege do bullying psíquico.

Como Meher Baba costumava dizer: "Don't worry. be happy" (Não se preocupe, seja feliz.)

Estas poucas palavras contêm toda a sabedoria das eras.